Temas relevantes para o país e para o setor de refeições coletivas, a política fiscal do atual governo e a reforma tributária foram destaques no 2º Seminário ABERC 2024. Os economistas Marcos Lisboa e Marcos Cintra, palestrantes convidados, estiveram presentes, abordando diferentes óticas sobre os assuntos.
O economista Marcos Lisboa
Desafios da reforma tributária
Durante a regulamentação da reforma, a ABERC conseguiu uma vitória importante com a inserção do artigo 273 dentro da LC 214/25 (antigo PLP 68/24). Ele determina que o setor de refeições coletivas seja enquadrado como não cumulativo, o que permite o desconto de impostos pagos nas transações seguintes e traz neutralidade fiscal para o ramo.
No entanto, há ainda desafios na substituição entre o regime atual e o que será implementado. Durante 10 anos, por exemplo, o país terá que conviver com as duas políticas. “Embora seja uma única legislação, ela é complexa e tem uma fase de transição difícil. É preciso se preparar e acompanhar os trâmites”, avaliou Marcos Cintra.
Marcos Cintra, economista
Problemas de competitividade
Em complemento, Marcos Lisboa abordou a importância da política fiscal para o desenvolvimento do país e do setor privado, citando problemas estruturais que impedem a melhoria na produtividade e inovação, essenciais para o crescimento nacional. “As distorções tributárias acabam levando ao fortalecimento de empresas ineficientes, o que impede o empreendedorismo e o crescimento das empresas mais saudáveis”, afirmou em entrevista ao podcast realizado pela ABERC.
Em sua fala, ele também recomendou a gestão de risco como boa prática de governança empresarial, que prepara as companhias para a volatilidade da taxa de juros brasileira.
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