Abrir espaço para falar sobre sustentabilidade, economia verde, ESG (sigla em inglês que significa Environmental, Social and Governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização), dentre outros temas sustentáveis tornou-se uma realidade nos últimos tempos e cada ano que passa a pauta segue ganhando ainda mais relevância.

No mundo das refeições coletivas não é diferente. Por isso, o assunto foi tema do Seminário ABERC 2023. O presidente do Centro Nacional de Modernização Empresarial (Cenam), Lívio Giosa, destacou a importância do ESG nos negócios, além de dar detalhes do assunto no panorama atual, durante o Seminário ABERC 2023.

Para Giosa, o tema está cada vez mais presente nas pautas das empresas porque existe uma crescente de fenômenos climáticos em todo o mundo, o que chama a atenção e afeta diretamente as companhias e o consumidor, cada vez mais exigente.

Lívio Giosa: “O consumidor está querendo cada vez mais se alinhar com empresas sustentáveis ou que estão fazendo a sua parte nessa história. Por outro lado, o mercado é pressionado para atender esta demanda. É valorizada a empresa que atende a exigência desse consumidor”.

Se o consumidor deseja adquirir produtos de empresas sustentáveis, é natural que o cliente que contrata um serviço também busque essa característica. Daí a importância de as empresas de refeições coletivas se atentarem às questões ambientais e sociais, adotando práticas para reduzir o impacto ambiental e otimizar custos, como a diminuição do desperdício de alimentos e a gestão eficiente do uso de água e energia. Isso contribui com a reputação da marca e fideliza o cliente.

Apontado como uma “missão empresarial” pelo presidente do Cenam, o ESG incentiva empresas a atenderem demandas de boas práticas e atuarem de modo responsável. Porém, para ser reconhecida como uma companhia ESG, a empresa precisa, realmente, cuidar do meio ambiente, promover impacto social positivo e adotar uma conduta corporativa ética.

No caso do setor de refeições coletivas, o ESG impacta interna e externamente, porque atinge todos os colaboradores, executivos, prestadores de serviços até o consumidor final. Por isso, de acordo com Giosa, é importante que ela siga alguns padrões, como ter um sistema de compliance que analise, através de questionário de Due Dilligence os fornecedores e prestadores de serviços da empresa; ter orçamento comercial totalmente focado em instituições com práticas ESG; trabalhar em prol da inclusão e diversidade dos colaboradores; e buscar linhas de financiamentos e juros diferenciados em bancos ou instituições financeiras, com base em suas ações.

“O setor de refeições coletivas é imenso e envolve diferentes stakeholders. As práticas ESG dessas empresas impactam milhares de pessoas e o modo de produção das mais variadas indústrias e produtores, devido às volumosas compras que o segmento realiza. É fundamental discutir isso com os empresários do ramo e seus fornecedores, como a ABERC está fazendo nesse momento”, finaliza.

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